O campus híbrido

08/07/2020 23:51

Fonte da foto: Currículo Lattes

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Por Dilvo Ristoff

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A atual pandemia tornou mais evidente a necessidade de se pensar em espaços de aprendizagem para além da sala de aula tradicional. Mostrou também a necessidade e as vantagens de se fazer uso de plataformas digitais para acesso a conteúdo e materiais didáticos e para a interação dos indivíduos. O impressionante número de conferências, seminários, cursos, minicursos e debates virtuais ocorridos nos últimos meses indica que estamos, decididamente, diante de mudanças profundas.

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Apesar dessas mudanças, que inexoravelmente ocorrerão nos próximos anos, a experiência humana indica que somos seres que não conseguem prescindir do convívio social. Com as aulas suspensas, com os jogos olímpicos cancelados, com os campeonatos de futebol, vôlei e de todas as modalidades esportivas interrompidos, com teatros fechados, com os shows artísticos cancelados, a tendência foi viabilizar, na medida do possível, as ‘mesmas’ atividades na segurança do isolamento possibilitada pelas novas tecnologias (Facebook, WhatsApp, Twitter, LinkedIn, etc.).

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O abraço foi substituído pelo abraço emoji, a conversa tête-à-tête pelo chat ou a videochamada e a roda de conversa com amigos e colegas de trabalho pelo encontro no Zoom ou no Google Meet. E a televisão, na ausência do esporte ao vivo, encontrou a compensação na exibição de reprises de grandes jogos do passado, celebrando a experiência coletiva. Por tudo isso, muitos consideram inadequado falar em ‘distanciamento social’. Preferem a expressão ‘distanciamento físico’, pois o convívio social, embora de forma virtual, mantém-se intenso.

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